Polícia civil investiga possível homicídio culposo na morte de idoso
O idoso caiu de uma escada rolante na Estação Recife do metrô
*Por Gabriel Couto
A Polícia Civil está conduzindo uma investigação para determinar a possibilidade de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, no caso da morte de Manoel Francisco dos Santos Filho, de 75 anos, que caiu do alto de uma escada rolante na Estação Recife do Metrô, localizada no Centro da cidade.
O acidente ocorreu no dia 12 deste mês, quando o idoso se desequilibrou após o carrinho de um vendedor ambulante ficar preso em um degrau da escada rolante, gerando tumulto no local. A família agora busca na Justiça seus possíveis direitos, uma indenização por perdas e danos.
O delegado responsável pela investigação, Igor Leite, informou que o Instituto de Criminalística emitirá um laudo pericial para subsidiar a conclusão do inquérito.
Diversas pessoas serão ouvidas, incluindo o gestor da estação de metrô, a equipe responsável pela instalação da escada rolante, o responsável pela segurança da estação e o responsável pela manutenção.
No momento do acidente, o carrinho do ambulante ficou preso na escada, levando o comerciante e outro passageiro a caírem e que causou o bloqueio do fluxo. O idoso tentou escapar pisando em uma estrutura lateral, mas acabou se desequilibrando e caindo de uma altura de 6,90 metros. Foi necessário aguardar 32 segundos até que um passageiro acionasse o botão de emergência, localizado ao lado dos adesivos que alertam contra o uso de equipamentos com rodinhas nas escadas.
A polícia considera a possibilidade de homicídio culposo por negligência, caso seja comprovado que houve omissão de alguma obrigação, resultando no acidente. A pena para esse tipo de crime varia de um a três anos de detenção, podendo ser agravada se houver descumprimento de normas técnicas.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atestou a morte de Manoel no local, com o laudo do Instituto de Medicina Legal indicando que o óbito foi causado por hemorragias internas decorrentes de fraturas e lesões em órgãos.
O delegado Igor Leite solicitou à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) a disponibilização de mais imagens das câmeras internas para a investigação. O ambulante que empurrava o carrinho também foi ouvido e afirmou não ter recebido advertências ou proibições verbais, mas a análise do local revela a presença de placas alertando contra o uso de carrinhos na escada rolante.
*Por Gabriel Couto