Mãe mata filha de dez meses, preserva corpo por um mês em freezer e é presa após confessar o crime, em Jaboatão
Mulher teria usado veneno irregularmente utilizado como raticida, conhecido popularmente como “chumbinho”, para matar a bebê
Por Daniel Marco – estagiário sob supervisão
Nesta quarta-feira (22), uma mulher de 27 anos foi presa, suspeita de ter matado a própria filha, no bairro de Dom Helder, Jaboatão dos Guararapes. A vítima, uma bebê de dez meses, morreu após ter ingerido chumbinho, produto comercializado ilegalmente no país, dado pela mãe. De acordo com informações preliminares fornecidas pela Polícia Militar (PM), o crime aconteceu há trinta dias. A PM ainda informou que a mãe se arrependeu do crime e preservou o corpo da criança no freezer da residência onde morava.
Na terça-feira (21), a avó da criança compareceu ao 6º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no bairro de Prazeres, também em Jaboatão dos Guararapes, para informar à PM que a filha se recusava a informar a localização do bebê. Após ser presa em casa, no bairro de Candeias, a mulher afirmou ter utilizado o produto para cometer o crime. Segundo a polícia, a suspeita também ameaçava tirar a própria vida.
Chumbinho
Geralmente sob a forma de um granulado cinza escuro ou grafite (“cor de chumbo”), o produto é irregularmente utilizado como raticida. Por ser altamente tóxico, provoca a morte do roedor poucos instantes após ser ingerido, o que dá a falsa impressão ao consumidor de que o produto é eficiente.
Os sintomas típicos de intoxicação por ‘chumbinho’ são as manifestações de síndrome colinérgica e ocorrem em geral em menos de 1h após a ingestão, incluindo náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, borramento visual, contração da pupila, hipersecreção brônquica, dor abdominal, diarreia, tremores, taquicardia, entre outros.
Não possui registro na Anvisa, nem em nenhum outro órgão de governo, e sua compra e venda é considerada crime.