Três anos após ação truculenta da Polícia Militar de Pernambuco durante um protesto que ocorria de maneira pacífica contra o presidente Bolsonaro (PL), no centro do Recife, a vereadora Liana Cirne (PT) fez novas cobranças sobre o caso. Na ocasião, Liana foi agredida com spray de pimenta.
A operação ocorreu na manhã do dia 29 de maio de 2021 e terminou com dois trabalhadores cegos, que foram atingidos pela polícia com tiros de borracha no rosto, além de diversos manifestantes feridos.
Liana Cirne, que não estava participando da manifestação e se encaminhava para prestar assistência jurídica a quem estava sendo detido pela polícia, foi agredida com spray a menos de um palmo de distância.
Nas redes sociais, a vereadora voltou a questionar quem teria dado a ordem para que os policiais, abruptamente e sem nenhum motivo, disparassem contra os manifestantes balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo.
“Fui brutalmente atingida por spray de pimenta ao tentar evitar que mais pessoas sofressem com a abordagem criminosa dos policiais que naquele dia receberam uma ordem para nos calar a qualquer preço. Dois trabalhadores perderam parte da visão. Três anos se passaram e ainda buscamos por resposta. Quem deu a ordem?”, questionou Liana Cirne.
Apenas em Fevereiro deste ano, o terceiro-sargento Reinaldo Belmiro Lins, que cegou Jonas Correia de França, pegou 30 dias de prisão administrativa. O PM que cegou Daniel Campelo ainda não foi punido.
Em maio de 2022, um policial foi responsabilizado pela agressão contra Liana Cirne. Ele pegou 21 dias de detenção, no entanto, o PM apontado não foi quem de fato atirou o produto químico.
As últimas informações são de que os policiais envolvidos na operação respondem a um processo criminal em fase de instrução, que ainda não tem previsão de julgamento.