O Governo do Estado está apurando as circunstâncias da ação policial que terminou na detenção do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Aldo Lima, na manhã desta sexta-feira (28). A categoria está em greve desde a quarta-feira (26). O comunicado foi divulgado pela governadora Raquel Lyra (PSDB), em suas redes sociais. Segundo Raquel, o Governo “respeita o direito à greve e a luta dos trabalhadores” e diz acreditar no diálogo como o melhor caminho para negociação.
Aldo foi detido durante um ato em frente à garagem da empresa Pedrosa, no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife, por volta das 4h30. De acordo com o advogado do sindicato, a empresa estaria colocando mais de 60% da frota dos ônibus em circulação, percentual que o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) havia estipulado para horários de pico.
Aldo foi levado para a Central de Plantões da Capital, no bairro de Campo Grande, também na Zona Norte do Recife, e três horas depois foi liberado após assinar um termo de compromisso. Em entrevista à TV Nova, ele explicou que foi à garagem após receber denúncias de trabalhadores. “O sindicato vem recebendo algumas denúncias de trabalhadores que vêm sendo coagidos a irem a empresas sob pena de serem demitidos, trocados de escala, de turno”, explicou.
Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que Aldo teria “desobedecido ordem judicial, e, ao ser solicitado, segundo relatos de testemunhas, que saísse da frente de um coletivo de saída da empresa, o autor não teria acatado, colocando a sua vida e a de terceiros em risco”.
Também por meio de nota, a Polícia Militar de Pernambuco, disse que “mesmo com ordem judicial para liberação da passagem para as garagens de coletivos, o presidente do Sindicato dos Rodoviários impedia a saída dos veículos”. A corporação também explicou que “O efetivo pediu que ele saísse e ele não obedeceu, desacatando o policiamento e resistindo”.