Dia da Hipertensão: especialistas orientam sobre cuidados com a doença
No Brasil, há cerca de 36 milhões diagnósticos da doença
Por Erick Miranda*
Nesta sexta-feira (17) é lembrado o Dia Nacional da Hipertensão, doença que afeta cerca de 36 milhões de brasileiros, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde. Ela também contribui para cerca de 50% das mortes por doenças cardiovasculares, sendo um importante fator de risco Lara complicações graves, como ataques cardíacos e derrames.
Uma das principais características da Hipertensão é o fato dela ser silenciosa e, na maioria das vezes, diagnosticada durante exames de rotina. É o caso de Sônia de Oliveira, que foi diagnosticada com a doença após os 40 anos, durante uma consulta no ginecologista.
“O ginecologista pediu para eu ir um cardiologista, que confirmou o diagnóstico. A minha é silenciosa, quando está lá em cima eu nem sei. Quando eu vou aferir, está alta”, explica.
No caso de Sônia, que hoje tem 68 anos, trata-se de uma condição hereditária, que é a mais comum, segundo especialistas. Para garantir um diagnostico precoce, a recomendação é que o adulto meça a pressão duas vezes ao ano.
De acordo com Carlos Japhet, que é especialista em cardiologia da mulher, para as grávidas o risco é ainda maior. Principalmente para aquelas que têm um diagnóstico anterior à gestação.
“Ela pode ter o risco de convulsão e isso vir a comprometer a sua vida, se ela não for atendida com os cuidados devidos. Além da eclâmpsia, ela pode ter outra síndrome, comprometendo órgãos como fígado, rins e coração. Em relação ao bebê, pode ter a morte fetal, um retardo do crescimento e o parto prematuro”, explica.
A adoção de hábitos saudáveis é um fator importante que contribui oara prevenir e controlar a hipertensão. O médico cardiologista Anderson Armstrong, que é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), dá algumas dicas.
“Evitar comer sal, evitar comer doce, ter uma alimentação balanceada, com ingestão de frutas e verduras, perder peso, realizar pelo menos uma hora de atividade moderada três vezes na semana e fazer a avaliação regular”, orienta.