Os bebês reborn se tornaram uma verdadeira febre no Brasil, despertando preocupações relacionadas ao consumo, à forma de brincar e à saúde mental dos envolvidos. O tema foi debatido no programa Diálogo, apresentado pelo jornalista Luiz Neto, nesta quinta-feira (29). Participaram da discussão o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa, o advogado Wilson Neto e o psicólogo Cleyson Monteiro.
Durante o programa, o Coronel Alberto Feitosa explicou os projetos de lei que apresentou na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) sobre o tema. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Constituição, Legislação e Justiça e segue para votação em plenário. O deputado destacou que os bebês reborn são apenas objetos e considerou inaceitável que pessoas procurem atendimento médico ou serviços públicos para essas bonecas, especialmente diante do atual déficit de atendimento à população real.
O advogado Wilson Neto reforçou que o bebê reborn é um boneco e, portanto, não é sujeito de direitos. Ele alertou que utilizar esses bonecos para obter benefícios legais ou administrativos pode acarretar penalidades. Wilson também chamou atenção para a responsabilidade dos influenciadores digitais ao promoverem a compra desses produtos nas redes sociais. Além disso, comentou sobre processos de mediação judicial envolvendo os bebês reborn.
Já o psicólogo Cleyson Monteiro ressaltou que, quando uma pessoa começa a acreditar que o bebê reborn é real, é necessária uma intervenção terapêutica, pois há um sinal de ruptura na percepção da realidade. Segundo ele, muitas vezes esse vínculo com o boneco surge após uma perda significativa, funcionando como uma forma de compensação emocional. No entanto, ele alerta que não há uma troca afetiva real entre o indivíduo e o objeto.