Internado em Natal, Bolsonaro diz estar “quase 100%” e planeja retorno ao Nordeste após alta
Mesmo sem previsão para deixar o hospital, ex-presidente mantém discurso otimista e pretende retomar agendas da Rota 22 nos próximos dias
da redação
Após ser internado com dores abdominais nesta sexta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou pela primeira vez sobre seu estado de saúde. Em vídeo enviado ao Jornal Metrópole, Bolsonaro confirmou que segue sem previsão de alta, mas afirmou que pretende retomar sua agenda no Nordeste assim que for liberado pelos médicos.
“Estou sem previsão de alta ainda. Esse protocolo médico precisa ser seguido com rigor. Depois que sair, volto para casa, em Brasília, e em 10 ou 15 dias, retorno ao Nordeste para seguir com a Rota 22”, declarou o ex-presidente, em referência à série de compromissos políticos que vem cumprindo pelo país.
Mesmo internado no Hospital Rio Grande, em Natal (RN), Bolsonaro adotou tom otimista e brincou com os seguidores: “Já estou quase 100% e continuo chipado”, disse, mencionando de forma bem-humorada o uso de um chip hormonal, que ele já revelou utilizar para melhorar o desempenho sexual.
Possibilidade de cirurgia ainda não está descartada
O médico pessoal de Bolsonaro, o cirurgião Antônio Luiz Macedo, explicou que o ex-presidente apresentou um quadro de lentidão no funcionamento intestinal, associado a sintomas que indicam um possível quadro de obstrução ou paralisia da atividade digestiva.
A internação ocorreu após Bolsonaro passar mal ao chegar para um compromisso na cidade de Santa Cruz, no interior potiguar. De lá, ele foi transferido de helicóptero para Natal, onde permanece internado sob medicação e monitoramento.
Segundo Macedo, ainda não é possível determinar se o tratamento clínico será suficiente ou se será necessário recorrer a cirurgia. “A situação está sob controle no momento, mas seguimos em observação”, afirmou o médico, que está de prontidão para viajar até o Rio Grande do Norte, caso seja preciso realizar uma intervenção.
O especialista lembrou que o intestino foi a região mais afetada pela facada sofrida por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018. Como consequência, o ex-presidente apresenta fragilidade nas alças intestinais, o que exige cuidados redobrados. Por conta disso, a alimentação oral foi suspensa temporariamente para reduzir o risco de agravamento.