Mirella Almeida (PSD) foi eleita prefeita de Olinda em segundo turno, neste domingo (27). Com isso, ela, que tem 30 anos, se torna a pessoa mais jovem a ocupar o cargo. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por volta das 18h49, ela estava matematicamente eleita, com 51,27% dos votos válidos.
Eleito vice-prefeito Chiquinho (PSD), que é ex-jogador de futebol e tem 49 anos. Em segundo lugar, ficou Vinicius Castello (PT).
Mirella é administradora, casada e disputa sua primeira eleição em 2024. Ela chefiou diversas secretarias municipais nos dois mandatos do atual prefeito de Olinda, Professor Lupércio (PSD), que está no cargo desde 2017. Ela é esposa do vereador olindense Felipe Nascimento (PSD), sobrinho de Lupércio.
No primeiro turno das eleições deste ano, realizado no dia 6 de outubro, ela ficou em segundo lugar, com 62.289 votos, ou 30,02% dos votos válidos. Vinicius Castello teve 80.422 votos, ou 38,75% dos votos válidos.
Mirella é a terceira mulher a ser eleita prefeita de Olinda. A primeira foi Jacilda Urquiza (na época no PMDB), em 1996, e a segunda foi Luciana Santos (PCdoB), em 2000.
Durante a campanha, Mirella prometeu a construção de duas policlínicas da mulher e a reabertura da maternidade Brites de Albuquerque. Ela também propõe aumentar a cobertura do programa Saúde da Família para 85% do município.
A candidata promete ainda transformar o perfil da policlínica João de Barros Barreto em uma UPA-E, criar um programa de equidade de gênero e equidade racial em Olinda, construção de cinco creches, requalificação do 2º trecho da orla da cidade, que passaria a ter videomonitoramento em toda sua extensão.
Campanha
Nestas eleições, seis candidatos disputaram o comando do terceiro maior colégio eleitoral de Pernambuco. A campanha foi marcada por ataques e também pela defesa das ações do mandato do prefeito Professor Lupércio (PSD) e de outros gestores, como Renildo Calheiros (PCdoB).
Candidata apoiada pelo prefeito, Mirella Almeida foi taxada pelos adversários de “candidata laranja”, em uma crítica velada à independência da candidata em relação a Lupércio em uma possível gestão.
Já Vinícius Castello foi acusado de fazer “política por conveniência” após receber o apoio do prefeito do Recife, João Campos (PSB), reeleito em primeiro turno com votação recorde de 78,11% dos votos válidos.
No primeiro turno, a coligação à qual Vinicius Castello faz parte contava com a federação PT/PV/PCdoB, a federação PSOL/Rede e com o PSB. No segundo turno, aderiram à campanha o MDB, Agir, Avante, Mobiliza, PP e PRTB.
Já Mirella tinha doze partidos na base, no primeiro turno (PSD, Republicanos, Solidariedade, MDB, PDT, Podemos, federação PSDB/Cidadania, Avante, Agir, União Brasil e PMB). No segundo turno, o Avante e o Agir deixaram o palanque dela para se juntar à candidatura de Vinicius Castello.