MPPE pede que caso de Gusttavo Lima seja julgado na Paraíba
Ele e mais 19 pessoas são investigados por lavagem de dinherio e jogos ilegais
por Netinho Barros*
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) declarou ontem(10), que não existem indícios de crime no inquérito que investiga Gusttavo Lima por lavagem de dinheiro proveniente de jogos ilegais, no âmbito da Operação Integration. Em novo parecer, o MPPE solicitou que o caso seja transferido para a Justiça do estado da Paraíba.
O cantor sertanejo foi incluído em um inquérito em setembro devido à venda de uma aeronave para a empresa Esportes da Sorte, de Darwin Henrique da Silva Filho, e posterior negociação do mesmo avião com o casal José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta Henriques da Rocha, proprietários da Vai de Bet.
O MPPE argumenta que não há evidências de lavagem de dinheiro na transação, destacando que os repasses financeiros envolvem apenas a empresa Vai de Bet, com sede na Paraíba, e não têm relação com a Esportes da Sorte, que atua em Pernambuco.
O parecer do MPPE detalha a investigação, incluindo a venda do avião, a existência de dinheiro no cofre da empresa Balada Eventos e as transferências bancárias entre Gusttavo Lima e suas empresas e a Esportes da Sorte. O documento destaca que a própria polícia reconhece que os valores de R$ 4,9 milhões e de R$ 4,8 milhões têm como origem a empresa HSF Entretenimento e Promoção de Eventos Eireli (Esportes da Sorte) e que a quantia foi transferida como resultado da compra da aeronave Cessna Aircraft, modelo 560XLS, matrícula PR-TEM e, em seguida, a sua devolução.
O MPPE ainda ressalta que a investigação possui cópia do contrato de compra e venda do avião e também do distrato, além de cópias dos balanços financeiros e extratos de movimentações bancárias que demonstram a restituição integral de valores recebidos pela empresa de Gusttavo Lima – a Balada Eventos e Produções Ltda.
Com base nesses argumentos, o MPPE defende que a 12ª Vara Criminal da Justiça de Pernambuco é incompetente para acompanhar e julgar o caso e solicita que o processo seja transferido para a Comarca de Campina Grande, no Agreste paraibano.
A promotoria também recomendou que o envolvimento dos empresários Thiago Lima Rocha e Rayssa Ferreira Santana Rocha, donos da empresa Zelu Brasil Facilitadora de Pagamentos, operadora financeira também investigada pela Operação Integration, seja julgado em Campina Grande. Os empresários teriam recebido valores da Esportes da Sorte “sem a demonstração da correlação entre essas transferências e os delitos investigados nos autos”.
Gusttavo Lima havia sido detido preventivamente em setembro, mas a ordem foi revogada por um desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
*estagiário sob supervisão