Pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros não lê livros
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Pesquisa aponta que mais da metade dos brasileiros não lê livros

A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil revela que mais da metade dos brasileiros, cerca de 53%, não lê livros. Esse foi o tema central do programa Diálogo, apresentado pelo jornalista Pedro Paulo, que contou com a participação de Antônio Campos, escritor e curador da Fliporto; Tarcia Silva, secretária de Desenvolvimento de Educação de Pernambuco; e Conceição Rodrigues, escritora e professora.

Durante a conversa, Conceição expressou sua preocupação com os dados da pesquisa e ressaltou que o hábito da leitura está diretamente relacionado à construção crítica, humana e social. Ela defende que quem lê se torna mais atuante em diversos contextos sociais. Conceição apresentou dados sobre as diferenças entre a leitura de livros físicos e digitais. Em suas práticas pedagógicas, ela utiliza suportes digitais para promover momentos de leitura coletiva em voz alta. Além disso, ela enfatizou que garantir o acesso dos estudantes à leitura não é suficiente. É fundamental haver mediação para que eles realmente se envolvam com os textos.

Tarcia destacou que o acesso à leitura é um direito humano e que muitos indivíduos podem se sentir representados nas narrativas que consomem. Embora as redes sociais desempenhem um papel positivo na disseminação de informações, ela apontou que o uso excessivo dessas plataformas compromete a capacidade de concentração devido ao grande número de estímulos. Por isso, acredita ser necessário trabalhar com os alunos sobre a importância do tempo dedicado à leitura e também questionar qual o gênero textual mais adequado a cada estudante. Tarcia ainda mencionou o alto custo dos livros no Brasil como um dos fatores que dificultam o acesso à leitura.

Antônio, por sua vez, defendeu que o hábito da leitura deve ser associado ao prazer. Ele observou a presença crescente da tecnologia e dos jogos como fontes de distração, o que tem impactado negativamente no interesse pela leitura. Ele também afirmou que, devido à sobrecarga de informações, é difícil para as pessoas se aprofundarem em um tema de forma mais significativa. Antônio acredita na importância da educação digital e defendeu a criação de uma biblioteca digital em Pernambuco, disponível nas plataformas digitais para os estudantes, como uma forma de ampliar o acesso ao conhecimento.

 

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