*Por Gabriel Couto
Recife, capital de Pernambuco, conquistou a 40ª posição no ranking nacional das melhores cidades para pessoas idosas, conforme revelado por uma pesquisa do Instituto da Longevidade. Analisando cidades com mais de 100 mil habitantes, o levantamento considerou 23 indicadores com base em dados do IBGE e outros bancos oficiais.
No cenário das capitais, Vitória (2ª), Florianópolis (4ª), Curitiba (5ª), Belo Horizonte (12ª), Porto Alegre (30ª), Goiânia (35ª) e São Paulo (38ª) aparecem à frente do Recife. Em solo pernambucano, o Recife supera cidades como Garanhuns (99ª), Caruaru (162ª), Camaragibe (239ª), Olinda (268ª), São Lourenço da Mata (291ª), Petrolina (249ª), Paulista (255ª) e Jaboatão dos Guararapes (311ª).
A pesquisa abrange indicadores socioambientais, engajamento social, infraestrutura de saúde, longevidade, segurança financeira e outros. O Recife destacou-se em áreas como “capacidade de consumo dos aposentados” (62º), “engajamento cívico de idosos” (32º), “número de leitos de saúde” (4º), “relações afetivas” (4º), “número de profissionais de saúde com nível superior” (31º), “telecomunicações” (18º) e “número de procedimentos hospitalares” (3º).
Antonio Leitão, gerente do Instituto da Longevidade, ressalta que o estudo, realizado desde 2017, contemplou pela primeira vez todos os municípios brasileiros. Com a população idosa crescendo exponencialmente, a pesquisa destaca a necessidade de adaptação e reestruturação da infraestrutura das cidades para atender às demandas desse segmento.
O secretário de Planejamento do Recife, Felipe Matos Martins, afirma que a gestão monitora de perto diversos índices, destacando a cidade como um polo médico e enfatizando investimentos em acessibilidade e atenção básica à saúde. O Censo do IBGE de 2023 revela um aumento significativo na população idosa, evidenciando a importância de políticas públicas voltadas para esse grupo.
A pesquisa utilizou o Índice de Desenvolvimento Urbano para a Longevidade (IDL), calculado a partir de indicadores socioeconômicos, ambientais e de saúde, normalizados e distribuídos em três dimensões: economia (35%), socioambiental (30%) e saúde (35%). Os dados foram analisados até julho de 2023, visando proporcionar uma visão abrangente da situação das cidades brasileiras em relação à longevidade.
*estagiário sob supervisão