Nesta segunda-feira (3), o programa Diálogo debateu as brigas generalizadas entre torcedores do Santa Cruz e do Sport, que ocorreram no último sábado antes do início da partida. Participaram os jornalistas Erinaldo Silva, Salvino Gomes, Ricardo Dantas Barreto, editor do blog Dantas Barreto, e Luiz Neto, editor do Blog do Luiz Neto.
Erinaldo considerou equivocada a decisão do Estado de proibir a presença de torcidas nos próximos cinco jogos do Sport e Santa Cruz, alegando que a medida fere a Constituição Federal. Ele destacou que as torcidas organizadas não desapareceram, mas apenas mudaram de identidade, criando novos CNPJs. Além disso, Erinaldo apontou que a responsabilidade pela violência não recai apenas sobre o Estado, mas também sobre os presidentes dos clubes. Ele ainda levantou uma reflexão sobre a natureza do futebol, questionando se ele é público ou privado.
Salvino alertou que os atos de violência têm afastado os verdadeiros torcedores, observando que as brigas ocorrem frequentemente fora dos estádios, durante os trajetos para o local da partida. Para ele, é fundamental que haja um planejamento para monitorar as redes sociais desses grupos e posicionar agentes de segurança em pontos estratégicos.
Ricardo lamentou que os políticos estejam se aproveitando desses episódios para procurar culpados. Ele trouxe à tona uma declaração da Secretaria de Defesa Social e da Polícia Militar, dada em coletiva à imprensa, na qual se relatou que os torcedores do Sport armaram uma emboscada para os do Santa Cruz, o que desencadeou os conflitos. Ricardo também lembrou que os feridos que estão internados no Hospital da Restauração estão sob custódia policial, já com prisão preventiva.
Luiz, por sua vez, acredita que a punição afeta negativamente os torcedores que realmente desejam assistir aos jogos. Ele afirmou que, se a proibição for mantida, as torcidas organizadas provavelmente encontrarão outra forma de continuar com os atos violentos. Luiz se mostrou preocupado com o que poderá ocorrer nas próximas partidas, e defendeu a possibilidade de um futebol mais pacífico, citando exemplos de outros países.