A quarta morte de um paciente com o superfungo Candida auris em Pernambuco no ano de 2023 foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) nesta sexta-feira (22). De acordo com a SES, a paciente era uma mulher de 49 anos, que estava internada no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no bairro da Cidade Universitária, na Zona Oeste da capital. Este foi o primeiro caso de superfungo na unidade.
Segundo o governo, a morte ocorreu por problemas de saúde que não têm ligação com o fungo, e sim com uma doença neurológica que ela tinha. A paciente veio a óbito no dia 2 de setembro e a colonização do superfungo foi identificada na terça-feira (19). Os 13 casos confirmados são de colonização, o que quer dizer que a pessoa tem o fungo no corpo, mas não apresenta sintomas.
Uma ferida na pele ou o uso de cateter no hospital pode fazer com que o superfungo entre no corpo, atinja a corrente sanguínea e provoque uma infecção. Nos casos mais graves, o coração e o cérebro podem ser prejudicados e podem levar à uma infecção generalizada, causando o óbito.
Os quatro pacientes que tiveram contato com a mulher estão isolados e sendo monitorados com o apoio técnico da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Os atendimentos estão sendo realizados normalmente no hospital. A primeira morte de um paciente com Candida auris foi confirmada no dia 16 de junho e se tratava de um homem de 63 anos. Já a segunda, foi de outro idoso, de 69 anos, que só foi notificada em 5 de julho.
Dos casos confirmados, sete pacientes receberam alta, dois permanecem internados no Hospital do Tricentenário, em Olinda, no Grande Recife e quatro pacientes vieram a óbito.