SRAG: Quase 100 crianças e bebês aguardam por vaga em UTI em Pernambuco
Situação de emergência estadual foi decretada em abril.
Por Daniel Marco – estagiário sob supervisão
Nos últimos meses, Pernambuco registrou o aumento de casos de doenças respiratórias em crianças e bebês com menos de seis meses de idade. O aumento do número de internações, devido a desconfortos graves causados pela bronquiolite viral aguda, tem preocupado pais e mães. O problema persiste desde o ano passado e fez o estado decretar situação de emergência em abril.
Com 144 solicitações de internação, Pernambuco bateu o recorde de números diários na fila de espera. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 97 crianças com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão à espera de leitos na fila das UTIs, 73 aguardam vagas de UTI Pediátrica e 24 para UTI Neonatal. Os dados foram divulgados em maio deste ano.
A SRAG é provocada por uma lesão nos alvéolos — pequenos sacos de ar dentro dos pulmões onde ocorre a troca gasosa que oxigena o sangue. Ela leva à inflamação e ao acúmulo de líquido no pulmão. Os sintomas são dispneia/desconforto respiratório, pressão ou dor persistente no tórax, saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente ou coloração azulada (cianose) dos lábios ou rosto.
COMO PREVENIR
●Intensifique a higienização das mãos no dia a dia com água e sabão ou álcool em gel, especialmente, antes de entrar na escola;
●Evite tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos;
●Sempre que tossir ou espirrar, proteja a boca e o nariz com um lenço de papel ou use o antebraço (dobra interna do cotovelo). As mãos são importantes veículos de contaminação;
●Não compartilhar objetos de uso pessoal, como copos, talheres, garrafas, toalhas e etc;
●Mantenha os ambientes bem ventilados e evite aglomeração;
●Recomenda-se o uso de máscara por pessoas com sintomas gripais;
●Crianças com sintomas gripais, como tosse, coriza, congestão nasal, febre, dor de cabeça e dor de garganta, devem ficar em repouso, consumir alimentação balanceada, aumentar a ingestão de líquidos e evitar contato com os colegas;
●Não leve a criança para a escola quando ela estiver doente, a fim de evitar a transmissão;
●Mantenha atualizada a caderneta de vacinação das crianças.